O Jazz suave e terno
Há um Jazz, Suave e terno, Fazendo as honras. Encantando a alma E preenchendo a sala Silenciosa. Há um encanto Em estar num canto Que a gente Gosta de ficar Acompanhado apenas De nosso silêncio E de uma canção, Que alegra o espírito E faz transbordar O coração, Enquanto organiza-se Os pensamentos, Que quase sempre Embaralhados Se encontram. Embalado pela canção, Penso que Viver, Talvez, Não seja se limitar a busca Incansável da Inalcançável dádiva Da vida perfeita Ou então, De um ser sem máculas. Mas ter o intento Em consolar-se Com o andar Mesmo cambaleante, Sem perder o movimento.